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Notícias de saúde com foco em infectologia.
Síndrome LEVI, o teste falso NEGATIVO para HIV
Os testes rápidos de HIV e os testes Ag/Ab podem não detectar a infecção pelo HIV no contexto da PrEP CAB-LA • A supressão viral e a expressão Ab retardada/diminuída podem persistir por meses após a infecção, mesmo após as injeções serem descontinuadas.
Long-acting Early Viral Inhibition (LEVI) Syndrome
Herpes Simples tipo 2
Herpes Simples Tipo 2: Origem, Epidemiologia e Impactos na Saúde Humana
Origem Evolutiva do HSV-2
O Herpes Simples Tipo 2 não é derivado diretamente do Herpes Simples Tipo 1 (HSV-1). Ao contrário, ele tem uma origem zoonótica, ou seja, ele foi transmitido de animais para humanos há milhões de anos.
Essa transição foi um marco na evolução do vírus, permitindo que ele se adaptasse ao organismo humano e se disseminasse pela via de contato sexual, a principal forma de transmissão do HSV-2 atualmente.
Diferenças entre HSV-1 e HSV-2
O HSV-1 está mais relacionado a infecções orais, como o herpes labial. Já o HSV-2 é a principal causa de herpes genital, uma doença com alta prevalência e com possíveis complicações. Embora os dois vírus possam causar infecções genitais ou orais, o HSV-2 é o principal responsável pelas infecções recorrentes na região genital.
Essa distinção é relevante, pois as características das infecções causadas por HSV-1 e HSV-2 diferem em frequência e gravidade, com o HSV-1 sendo associado a complicações mais severas como encefalite herpética.





Transmissão e Ciclo de Vida
O HSV-2 é um vírus que apresenta latência crônica, permanecendo "escondido" no organismo por longos períodos após a infecção inicial. Esse ciclo é caracterizado por períodos de inatividade e reativação, que podem ocorrer devido a diversos fatores como estresse, trauma ou imunossupressão.
"O HSV-2 pode permanecer latente nas células nervosas e ser reativado em momentos de baixa imunidade, o que resulta em surtos recorrentes de infecção."
Complicações Clínicas
As infecções por HSV-2 podem ter uma série de complicações, algumas delas graves, especialmente em populações com imunossupressão. Entre essas complicações, destaca-se o risco de transmissão vertical durante o parto, levando ao herpes neonatal, que pode ser fatal:
"O herpes neonatal ocorre quando o vírus é transmitido de mãe para filho durante o parto, podendo causar graves consequências, como infecções disseminadas ou danos neurológicos."
Tratamento e Prevenção
Embora o HSV-2 seja uma infecção crônica, existem tratamentos antivirais eficazes que ajudam a reduzir a gravidade e a frequência dos surtos. O tratamento contínuo pode ser recomendado em casos de infecções recorrentes frequentes, a fim de controlar os sintomas e prevenir a transmissão:
"Os antivirais são essenciais no controle das infecções recorrentes, ajudando a reduzir tanto a gravidade dos surtos quanto a transmissão do vírus para parceiros."
Uso da Doxiciclina como PEP: Uma Nova Abordagem no Combate às ISTs
Hoje, vamos falar sobre um tema bastante relevante: o uso da Doxiciclina como PEP (profilaxia pós-exposição) para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
A PEP é um método de prevenção utilizado após uma exposição sexual desprotegida, e, diferentemente da PrEP e da PEP voltadas para o vírus do HIV, o foco aqui é na prevenção de outras ISTs. Essa estratégia foi discutida no Congresso de Doenças Sexualmente Transmissíveis, realizado em setembro de 2024, com base em novas evidências científicas.
Recentemente, o Ministério da Saúde do Brasil divulgou uma nota oficial, destacando as evidências de que a DoxiPEP, ou seja, o uso da Doxiciclina como profilaxia, tem mostrado resultados promissores na redução de casos de ISTs. Os dados apresentados indicam que esse método pode ser eficaz na prevenção de infecções como sífilis, gonorreia e clamídia, especialmente em populações com maior risco de exposição.
A evidência científica sobre a eficácia da DoxiPEP foi amplamente discutida, com base em um artigo publicado em 2023 na revista New England Journal of Medicine. Nesse estudo, o uso da Doxiciclina após exposição sexual desprotegida conseguiu reduzir significativamente a incidência de ISTs, especialmente a gonorreia, onde antes não havia uma profilaxia comprovada.
O diagnóstico da infecção pelo vírus Herpes
O vírus herpes simples (HSV) é um patógeno comum que pode causar infecções recorrentes na população. Existem dois tipos principais de HSV: o tipo 1 (HSV-1), associado principalmente às infecções orofaciais, e o tipo 2 (HSV-2), mais comumente relacionado às infecções genitais. O diagnóstico adequado do HSV é essencial tanto para o manejo clínico quanto para a prevenção da disseminação do vírus.
Métodos de Diagnóstico
O diagnóstico do HSV pode ser feito através de diferentes abordagens:
Diagnóstico Clínico: Baseia-se nas manifestações clínicas típicas da infecção, como lesões vesiculares dolorosas. No entanto, o diagnóstico clínico pode ser desafiador, pois outras condições dermatológicas podem mimetizar os sintomas do HSV.
Diagnóstico Sorológico: Detecta a presença de anticorpos específicos contra o HSV no soro do paciente. Após a infecção, o organismo produz anticorpos contra o vírus. Os principais anticorpos envolvidos no reconhecimento viral são: IgM: Os primeiros anticorpos produzidos em resposta à infecção, indicando infecção recente. IgG: Anticorpos de memória que permanecem por toda a vida, indicando infecção prévia ou crônica.
Testes Moleculares (PCR): O método mais sensível e específico para detecção do HSV, a reação em cadeia da polimerase (PCR), permite identificar o material genético do vírus diretamente nas lesões ou amostras de fluidos corporais. A PCR é particularmente útil para diferenciar entre HSV-1 e HSV-2, o que pode ser importante para o prognóstico e manejo do paciente.
Importância do Diagnóstico Diferenciado
Distinguir entre HSV-1 e HSV-2 pode ter implicações prognósticas importantes. Por exemplo, o HSV-2 está associado a um risco maior de recorrência de infecções genitais e pode aumentar a susceptibilidade à infecção pelo HIV. Além disso, o diagnóstico precoce e preciso do HSV é crucial em populações vulneráveis, como gestantes, para prevenir a transmissão neonatal.
Herpes
Abordagem do HIV
Zona Cinzenta do HIV
Candida Vaginal Recorrente
Check up infectológico
Sifilis
Dengue
Herpes Simples tipo 1
Quais os sintomas do HIV?
Herpes simples crônico recorrente e suas complicações
O vírus do herpes simples (HSV), pertencente à família Herpesviridae, é uma das infecções virais mais comuns em seres humanos. Existem dois tipos principais de HSV: o HSV-1, que normalmente causa lesões orais, como feridas nos lábios e ao redor da boca, e o HSV-2, que é associado principalmente a infecções genitais. No entanto, é importante ressaltar que ambos os tipos podem infectar tanto a boca quanto os genitais. A infecção pelo HSV geralmente ocorre por meio do contato direto com feridas ou membranas mucosas de indivíduos infectados. O vírus pode se espalhar por meio de beijos, contato sexual, compartilhamento de objetos pessoais ou mesmo através do contato com as áreas infectadas da pele que não apresentam sintomas visíveis. Após a infecção inicial, o vírus permanece no corpo do hospedeiro de forma latente, podendo ser reativado em momentos de baixa imunidade ou estresse, resultando em recorrências periódicas das lesões. A infecção crônica por HSV é caracterizada por episódios recorrentes de lesões dolorosas, bolhas ou úlceras na pele ou membranas mucosas. Esses episódios de recorrência podem variar em frequência e gravidade de acordo com o sistema imunológico do indivíduo e outros fatores de saúde. Enquanto algumas pessoas podem experimentar apenas algumas recorrências ao longo da vida, outras podem sofrer de episódios recorrentes mais frequentes e graves. Embora não haja cura definitiva para o HSV, certos medicamentos antivirais podem ajudar a reduzir a frequência e a gravidade das recorrências. Além disso, medidas preventivas, como evitar o contato direto com as lesões ativas, praticar sexo seguro e adotar hábitos saudáveis de vida para fortalecer o sistema imunológico, podem ajudar a reduzir o risco de transmissão e recorrências. É essencial consultar um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, especialmente para aqueles que sofrem de infecções crônicas por HSV, a fim de gerenciar os sintomas e reduzir o impacto da doença na qualidade de vida.