HIV

HIV - Aids

A infecção pelo vírus do HIV-1 pode ser dividida em infecção aguda, crônica (portadores assintomáticos) e crônica tardia ou fase avançada da doença. Quando não tratado, estima-se que entre o contágio até a fase de doença seja de aproximadamente 10 anos. 

A infecção aguda leva o nome de Síndrome Retroviral Aguda e possui sinais e sintomas semelhantes aos da síndrome mononucleose, todavia nem todos os pacientes apresentam sintomas de infecção aguda pelo HIV.

Alguns pacientes com infecção aguda pelo HIV podem ainda apresentar sintomas neurológicos como meningite asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou Síndrome de Guillain-Barré. Assim como a mononucleose infecciosa a Síndrome Retroviral Aguda tende a melhorar após algumas semanas, todavia, aqueles pacientes que apresentam sintomas mais intensos possuem pior prognóstico. Apesar da sorologia ainda ser negativa nessa fase, o diagnóstico pode ser feito através de exames de biologia molecular.

A fase crônica e crônica tardia ou sintomática.
Para aqueles pacientes que não tratam a doença a depleção dos linfócitos T-CD4+ (diminuição das defesas do organismo) é progressiva e torna o paciente susceptível a doenças oportunísticas. Na fase em que os linfótitos T-CD4+ estão abaixo de 200 células/mm cúbico ou em que o paciente possui alguma doença oportunística (marcadores de imunossupressão grave) o paciente é caracterizado como portador sintomático - Aids.

Tratamento
O objetivo do tratamento é evitar que o paciente desenvolva a doença pelo HIV (Aids) e, atualmente, os antirretrovirais disponível são bastante eficazes e com baixa toxicidade. Hoje, considera-se iniciar o tratamento para todos os pacientes e o uso de antirretrovirais é apenas parte do tratamento. Imunizações (vacinas), controle do perfil lipídico e dieta, rastreamento de portadores de tuberculose e prevenção também fazem parte dos cuidados aos pacientes com HIV/Aids. Em 2014 iniciou em Porto Alegre a possibilidade de tratamento com apenas um comprimido ao dia, a posologia facilitada aumenta o conforto dos pacientes. Todo paciente que possui uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) deve receber um check-up infectológico completo inclusive com tecnologia de biologia molecular afim de detectar outros possíveis patógenos assintomáticos. Recentemente o DTG (um inibidor da integrase) passou a fazer parte do esquema inicial preferencial por ter alta barreira genética a emersão de resistência viral, boa tolerabilidade com baixos efeitos adversos e alta potência.

Genotipagem pré-tratamento.
O Ministério da Saúde indica genotipagem pré-tratamento apenas em pacientes que tenham sido infectados por parceiros em uso de antirretroviral (atual ou pregresso) e em gestantes infectadas pelo HIV. Todavia, acredito ser benéfico a genotipagem pré-tratamento em todos os pacientes que possui condições para realização da mesma. 

Início do tratamento.
Os modernos esquemas terapêuticos iniciais (tríplice ou tríplice com booster) tem o objetivo de controlar a replicação viral e permitir o aumento dos linfócitos T-CD4+.  O racional está na comprovação que pacientes com contagens de linfócitos T-CD4+ maior que 500 células/mm cúbico e carga viral indetectável atingem expectativa de vida igual a da população geral.  O MS disponibiliza os antirretrovirais para todos os portadores de HIV conforme o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para adultos vivendo com HIV / AIDS

Ainda sobre o uso de antirretrovirais cabe lembrar que uma vez iniciados os mesmos não devem ser interrompidos e a aderência ao medicamento é essencial para o seu funcionamento e prevenção da emergência de resistência viral.

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