O surto do novo coronavírus 2019-nCoV (Wuhan Coronavirus) vem sendo monitorado pelos países. O vírus surgiu na cidade de Wuhan, provavelmente em um mercado de frutos do mar e já causou pelo menos 18 mortes na China, dentre centenas de casos confirmados. É um RNA vírus e seu reservatório mais provável é o morcego.
Ainda não temos casos confirmados no Brasil e em 12 de janeiro de 2020 a China compartilhou a sequência genética do novo coronavírus (2019-nCoV) para os países usarem no desenvolvimento de kits de diagnóstico específicos, através de biologia molecular. Hoje mais de 20 milhões de Chineses estão isolados numa tentativa de ganhar tempo na disseminação do vírus.
Os coronavirus são responsáveis por até 30% dos resfriados em seres humanos e não tem tratamento específico, apenas sintomáticos. É uma grande variedade de vírus que causam infecções respiratórias leves a moderadas em homens e animais. Quando causam infecções graves (SARS-CoV) o paciente pode apresentar dispnéia (inclusive insuficiência respiratória), febre, tosse e diarréia.
Em 2002, também na China, um novo coronavirus (SARS-CoV) causou um surto de doenças graves respiratórias (SARS - Síndrome Respiratória Aguda Grave) que disseminou por todos os continentes causando mais de 800 mortes. Em 2004 essa cepa viral não foi mais detectada em nenhum país. Ainda em 2012 o coronavirus causou um surto no Oriente Médio - Middle East respiratory syndrome coronavirus (MERS-CoV) também causando doença respiratória aguda grave.
O período de incubação dos coronavirus varia entre 2 a 14 dias e sua transmissão ocorre no período sintomático da doença por contato próximo pessoa-pessoa. Vamos acompanhar a dinâmica do vírus pelo mundo assim como sua letalidade.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista