CDC (EUA) acaba da atualizar as recomendações para vacinação de pacientes para o HPV (Papiloma vírus humano), agora pacientes acima de 26 anos podem receber a vacina dependendo de fatores de risco.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
Notícias de saúde com foco em infectologia.
CDC (EUA) acaba da atualizar as recomendações para vacinação de pacientes para o HPV (Papiloma vírus humano), agora pacientes acima de 26 anos podem receber a vacina dependendo de fatores de risco.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
A infecção pelo vírus HIV pode ser dividida em 3 fases, acompanhe mais sobre a doença que mudou a medicina.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
Nesse vídeo falo alguns tópicos sobre o tratamento do vírus do HIV com ênfase no esquema preferencial com TDF+3TC+DTG.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
A genotipagem para o vírus do HIV permite que se detecte padrões de resistência viral e que se possa iniciar o tratamento específico para o vírus diminuindo drasticamente as chances de falha terapêutica. Assista o vídeo e entenda um pouco mais sobre esse importante exame.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
No dia 20 de maio de 1983, o HIV foi isolado e identificado pela primeira vez em Paris, no Instituto Pasteur, pelos pesquisadores Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi. A identificação do vírus permitiu avanços no diagnóstico, tratamento e prevenção da doença. Não estaria errado dizer que toda a medicina evoluiu com as pesquisas sobre o HIV. Entenda as fases clínicas da infecção pelo vírus, desde o contágio até a doença e como fazer para interromper a doença e levar uma vida com mais saúde.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
A campanha para vacina da Gripe (influenza) já iniciou, veja quem deve ou pode se vacinar. Vacinas salvam vidas!
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela são arboviroses que já possuem casos autóctones no Rio Grande do Sul, ou seja, além de casos importados de outros estados da federação, existem casos de transmissão no RS.
Mas quando desconfiar que um paciente está com uma arbovirose? 
Para isso existe as definições de casos suspeitos e são elas:
DENGUE: febre ALTA de início súbito, com duração máxima de 7 dias, acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retro-ocular, mialgia, artralgia, exantema, náuseas, vômitos, petéquias, prova do laço positiva, leucopenia.
CHIKUNGUNYA: fase aguda – paciente com febre ALTA, com duração máxima de 7 dias, acompanhada de ARTRALGIA(S) INTENSA de início súbito. Pode estar associado a cefaleia, mialgias e exantema.
ZIKA VÍRUS: Pacientes que apresentem exantema máculopapular pruriginoso, acompanhado de pelo menos DOIS dos seguintes sinais e sintomas: Febre baixa ou inaparente, hiperemia conjuntival sem secreção e prurido, poliartralgia, edema periarticular.
FEBRE AMARELA: Paciente com febre aguda (de até sete dias), de início súbito, com icterícia, procedente de área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootias em primatas não humanos, nos últimos 15 dias, sem comprovação de vacina contra Febre Amarela.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
As pneumonias bacterianas associadas a ventilação mecânica que possuem como etiologia o Acinetobacter spp estão associadas a alta mortalidade na UTI e possuem como maior fator de risco tempo de internação prolongado. Entre todos os estudos mostrando colonização ou infecção por germes com elaborados mecanismos de resistência essa é a variável sempre presente: o tempo.
Diminuir o tempo de hospitalização talvez seja o melhor desafio para nossos hospitais, mas como fazer isso? A resposta é com tecnologia. Tecnologia em fármacos que permitam completar o tratamento no domicílio ou hospital-dia, tecnologia diagnóstica acessível ambulatorialmente evitando que o paciente necessite internar para investigar suas doenças.
Em nosso artigo acima, falamos um pouco sobre o Acinetobacter spp como etiologia de doenças em pacientes criticamente enfermos, boa leitura!
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
O que Shunzhi, imperador da China, Ramsés V, faraó do Antigo Egito, Luís XV de França, Ludwig van Beethoven e Josef Stalin tiveram em comum? Todos eles foram infectados pelo vírus da varíola. Uma doença infectocontagiosa causada por um dos maiores vírus que infectam o homem. Na verdade o vírus é tão grande que pode ser visto na microscopia óptica. Sua última vítima conhecida é Janet Parker, em um acidente biológico em 11 setembro 1978 em Birmingham Medical School Uiversity, Inglaterra.
Alguns historiadores acreditam que surtos de varíola aceleraram o declínio de Atenas e mesmo do Império Romana, causando mortes e desorganização das sociedades.
varíola
O Poder da Vacina
Duas crianças, apenas uma foi vacinada.
Em 1796 Edward Jenner, um médico Inglês, observou que um grupo de pessoas não era suscetível a infecção pelo vírus da varíola: as mulheres que retiravam leite das vacas. A sua imunidade provinha de um vírus não letal que causava varíola das vacas (vírus vaccinia). O médico inoculou esse vírus vaccinia em humanos imunizando os mesmos contra varíola, foi criada a vacina mudando a história da humanidade para sempre.
Após a morte de 500 milhões humanos por varíola apenas no século XX a OMS, em 1980, a declarou erradicada, restam 2 exemplares dos vírus: um no CDC em Atlanta Estado Unidos e outro no Instituto Vector, na Rússia.
Com a utilização de vacinas em grande escala os humanos conseguiram, cada vez mais, se reunir em grandes aglomerados. Exatamente, sem vacinas NY, Tokio, Paris ou Londres nem existiriam da forma que aí estão. Grandes centros urbanos são inviáveis se surtos infectocontagiosos letais ainda existissem de forma descontrolada.
Dr. Renato Cassol
Médico Infectologista
Quando iniciar o tratamento para o HIV/Aids? Nesse vídeo eu dou alguns detalhes de quando iniciar o tratamento para HIV, assim como algumas possibilidades de terapia anti-retroviral.
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
Nesse vídeo descrevo brevemente a história natural da doença pelo HIV, a diferença entre pacientes soropositivos e com Aids. E explico, em última análise, que Aids é uma doença causada imunossupressão pelo HIV.
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
Uma nova vacina para o herpes zoster foi aprovada nos Estados Unidos, diferente das anteriores a Shingrix protege acima 90% os pacientes suscetíveis a ter a doença. A Shingrix é uma vacina recombinante não-viva de subunidade, que inclui um antígeno, glicoproteína E e um adjuvante. Ela é administrada em duas doses.
A vacina protege contra o principal complicação do herpes zoster: a neuralgia (dor) pós-herpética. Atualmente o CDC recomenda vacinar todos os pacientes acima de 50 anos que tiveram varicela (catapora) no passado. Todos os pacientes devem receber a vacina, mesmo aqueles que já tiveram um episódio de zoster ou aqueles que receberam versões antigas da vacina.
Em adultos entre 50-69 anos Shingrix proporciona proteção em até 97% dos casos, essa taxa cai para 89% em pacientes acima de 70 anos de idade.
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
As recomendações para a vacina para o HPV (PAPILOMAVÍRUS HUMANO) foram atualizadas na nota Informativa publicada pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV), pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e pelo Ministério da Saúde.
Agora pacientes entre 9 e 26 anos vivendo com HIV devem vacinar para o HPV para evitar neoplasias decorrentes desse vírus. A vacina previne o câncer do colo do útero, vulvar, vaginal, anal, cavidade oral e pênis; as lesões pré-cancerosas ou dispásicas; e as verrugas genitais e infecções causadas pelo HPV.
Para os pacientes não portadores de HIV, a população-alvo prioritária da vacina HPV, segundo o ministério da saúde, são as de meninas na faixa etária de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, que receberão duas doses (0 e 6 meses) com intervalo de seis meses. Todavia, isso não impede que calendário diferente seja realizado na rede privada de vacinações.
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
Sífilis (ou Lues) é uma doença sistêmica de transmissão sexual causada pelo Treponema pallidum. É uma doença secular que vem acompanhando a humanidade há muito tempo. É dividida em estágios dependendo dos achados clínicos e exames laboratoriais.
cancro característicos da sífilis primária (nessa foto também é possível notar lesões características de HPV, outra comum DST).
Na sífilis primária o paciente pode apresentar cancro (úlcera em região genital), ver foto.
Na sífilis secundária a principal (mas não única característica) são as lesões de pele com rash cutâneo, as linfadenomegalias e lesões mucocutâneas. A sífilis terciária é caracterizada pelas alterações cardíacas, goma e tabes dorsalis.
A classificação de sífilis latente ocorre quando existe um paciente assintomático com sorologia positiva para Lues. Em qualquer estágio da sífilis ela pode infectar o sistema nervoso central (neurossífilis), lembrando que acometimentos do nervo óptico (sífilis ocular) é uma manifestação de acometimento do sistema nervoso central.
Lesões palmas de mãos e plantares características de sífilis secundária.
O diagnóstico é feito com o exame físico e através de sorologias treponêmicas e não treponêmicas como o teste FTA-abs (fluorescent treponemal antibody absorbed), VDRL (Venereal Disease Research Laboratory), RPR (Rapid Plasma Reagin), entre outros. Os testes não treponêmicos (VDRL e RPR) são os melhores para acompanhar a resposta terapêutica e recidiva da doença. Combinações de testes treponêmicos com não treponêmicos são necessários para firmar o diagnóstico de sífilis.
Referente a neurolues o diagnóstico é feito através do exame de fundo de olho e colheita do líquor céfalo raquidiano. Lembrando que esses procedimentos são obrigatórios em pacientes HIV positivos devido a alta incidência de acometimento do sistema nervoso central.
Assista o vídeo abaixo para saber mais:
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
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Nesse vídeo as principais referências bibliográficas sobre Higienização das Mãos em profissionais da Saúde.
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
Paracoccidioides brasiliensis é uma fungo endêmico muito comum no América latina, principalmente no Brasil. A forma crônica da doença é a mais comum e, quando não tratada, pode evoluir para formas disseminadas com envolvimento de diversos órgãos e morte.
Esse fungo infecta principalmente homens trabalhadores rurais na faixa etária de 30 a 50 anos. Mulheres em idade fértil dificilmente possuem a doença. O fungo Paracoccidioides brasiliensis permanece no solo em formato de conídios infectantes que, uma vez inalados, infectam o pulmão do hospedeiro. Tabagismo e alcoolismo estão frequentemente associadaos a essa micose. Distribuição geográfica do Paracoccidioides brasiliensis:
Apesar do pulmão ser o órgão mais envolvido na doença (isso tanto é verdade que mais de 90% dos pacientes apresentam manifestações pulmonares) a doença também envolve diversos órgãos principalmente pele e mucosas.
O diagnóstico da infecção pelo Paracoccidioides brasiliensis é realizado por provas sorológicas que possuem também a capacidade de avaliar a eficácia do tratamento e gravidade da doença (título de anticorpos). A imunodifusão dupla (exame de escolha), ELISA e imunoblot possuem sensibilidade de 85% e 100%. Essa sensibilidade diminui em pacientes com Aids e na doença localizada. Exames falso-positivos ocorrem em pacientes com infecção por aspergilose ou histoplasmose. Já que os anticorpos diminuem com o tratamento, os mesmos devem negativar ou permanecerem em baixos títulos para se alcançar a cura sorológica, sendo assim os critérios de cura são clínicos, radiológicos e sorológicos.
Literatura sugerida e fotografias retiradas da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 39(3):297-310, mai-jun, 2006.
Renato Cassol - Médico Infectologista
Rio Grande do Sul
Tratamento
# Os antimicrobianos devem iniciar o quanto antes possível, idealmente dentro dos primeiros 30 minutos.
# Não aguarde o exame de imagem e nem o resultado da punção lombar para iniciar o tratamento, se a punção lombar for demorar para ser realizada colete hemoculturas e inicie o tratamento.
# Ajuste a terapia quando o patógeno for identificado, discuta o caso com o especialista em doenças infecciosas.
Tratamento empírico das meningites bacterianas
Uso de DEXAMETASONA
A adição de dexametasona é recomendada em ADULTOS com suspeita de meningite pneumocócica na dose de 0,15mg/Kg IV a cada 6 horas por 2-4 dias. A primeira dose deve ser administrada antes ou concomitante a primeira dose do antimicrobiano.
A dexametasona não deve ser administrada em paciente que já iniciaram o antimicrobiano.
Duração do tratamento
S. pneumoniae: 10-14 dias
N. meningitis: 7 dias
H. influenzae: 7 dias
Listeria: 21 dias
Staphylococcus: 21 dias
Gram-negativos: 21 dias
Dose dos antimicrobianos em pacientes com função renal preservada
Ceftrixona 2g IV 12/12 horas
Ampicilina 2g IV 4/4 horas
Cefepima 2g IV 8/8 horas
Ciprofloxacina 400mg IV 8/8 horas
Bactrim 5mg/Kg (ajustado pelo trimetoprima) IV 6/6 horas
Oxacilina 2g IV 4/4 horas (Staphylococcus aureus-MSSA ou Staphylococcus coagulase-negativo MIC <0,25)
Vancomicina: dose de ataque 25-35mg/Kg, após 15-20mg/Kg 12/12 horas
Linezolida 600mg IV 12/12 horas
Referências
IDSA Guidelines for Management of Bacterial Meningitis: Clin Infect Dis 2004; 39:1267
Dexamethasone in adults bacteria meningitis: N Eng J Med 2002; 347:1549
Antibiotic Guidelines 2015-2016, The Johns Hopkins Hospital Antimicrobial Stewardship Program
Renato Cassol - Médico Infectologista
Porto Alegre - RS